Certa vez tive muita sorte, algo tão grande e tão belo tal qual um ocaso de verão. Porém, igualmente a um poente, ela se foi. As vezes me esqueço disso, mas quando me lembro sinto que fui feliz e tudo o que me resta é contemplar, na imensidão negra que se abre a minha frente e acima de mim, a leste e oeste, norte e sul, as infinitas estrelas, pois sei que numa delas (ou em todas elas) minha sorte está a espera de um cometa com uma cauda mágica que irá trazer de carona o alvorecer uma vez mais para mim. Até lá vou vivendo com as lembranças e as saudades pregadas em todas as paredes atrás das quais me escondo e protejo.
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